As emoções fazem parte do que somos e estão presentes em todo lugar, principalmente no convívio social, onde temos que lidar com diferentes personalidades e comportamentos.

Nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. São também uma fonte valiosa de informação, pois elas nos ajudam na tomada de decisões durante toda a vida.

Reconhecer e administrar essas emoções em diferentes situações, utilizando-as sempre positivamente, é o que chamamos de Inteligência Emocional (IE). Esta competência, cada vez mais, tem o papel de diferenciar os profissionais, permite desenvolver um ambiente harmonioso e, ao mesmo tempo, ser produtivo em ideias e resultados.

Pessoas com uma inteligência emocional bem desenvolvida são geralmente consideradas autoconfiantes, persistentes, motivadas e capazes de autocontrole. Pesquisas recentes já comprovaram: pessoas emocionalmente inteligentes são aquelas que mais se dão bem em seus ambientes de trabalho.

Um desses estudos, só para você ter ideia da dimensão da coisa, avaliou a vida de 17 mil pessoas, desde quando eram crianças até chegarem à fase adulta, por um período de 50 anos.

O resultado?

As pessoas consideradas emocionalmente inteligentes eram mais bem sucedidas em suas profissões do que aquelas com grandes pontuações de QI.

Portanto, o segredo por trás de profissionais bem sucedidos não está ligado diretamente ao QI (Quociente de Inteligência) como muitas pessoas imaginam, mas sim a IE. De acordo com um expert no assunto, Travis Bradberry, pessoas com um nível alto de inteligência emocional são bem sucedidas, conseguem controlar suas emoções, têm um bom convívio social e constantemente avaliam suas próprias atitudes e seus pensamentos.

Utilizando a IE no ambiente de trabalho

Costumamos dizer que as pessoas são contratadas, geralmente, por seus conhecimentos técnicos, mas demitidas por problemas comportamentais. Gerenciar as emoções no trabalho é uma tarefa difícil, pois diante de algumas situações manter o autocontrole é, certamente, um dos maiores desafios.

A experiência na profissão tem pouca relação com domínio da competência. Claro que pessoas com mais maturidade profissional, tendem a ser mais assertivas e possuir um domínio maior, já que passaram por inúmeras situações que uma pessoa que começou a sua carreira agora.

Mas não significa que alguém com mais idade tenha a inteligência emocional mais desenvolvida do que um jovem profissional, pois isto depende também de fatores sociais. De acordo com o psicólogo Daniel Goleman, existem cinco elementos que devem ser trabalhados para desenvolver uma mente emocionalmente inteligente, que são: autoconhecimento, autocontrole, motivação, habilidades sociais e empatia.

O autoconhecimento é o primeiro passo para perceber e lidar melhor com suas emoções, bem como expressá-las na medida certa, nem de forma exagerada e nem com frieza. Gerenciar nossas próprias emoções nos permite levar uma vida mais saudável e equilibrada. Pessoas que sabem reconhecer, as emoções, em si e nos outros, e que sabem administrar aquilo que estão sentindo, constroem relações mais satisfatórias com quem convivem.

E essa é uma habilidade fundamental em qualquer posição dentro de uma organização. Estudos indicam que as empresas tendem a promover funcionários bem-humorados e que têm uma boa relação com os outros, dois fortes indícios de inteligência emocional.

Por se tratar de uma competência comportamental, todos os campos de atuação requerem a inteligência emocional, já que quando o profissional é colocado a prova, acaba se expondo e tendo que lidar com situações desafiadoras e claro, as que possuem um maior equilíbrio emocional em prol de objetivos e maior produção ganham destaque no mercado.